Paulistas apóiam estudantes da GB e desfilam hoje (Tribuna da Imprensa há 40 anos
24 de junho de 1968
SÃO PAULO (Sucursal) - "Os últimos acontecimentos na Guanabara demonstram claramente o tipo de diálogo que o governo sugere". Estas são as palavras de um estudante durante a Assembléia Geral Universitária realizada em São Paulo, convocada e presidida pela UEE - União Estadual dos Estudantes. A reunião foi motivada pelos violentos acontecimentos, da semana passada, na Guanabara e que recebeu o aprovo de toda a população paulistana, principalmente dos universitários.
A Assembléia deliberou, por unanimidade, realizar uma passeata no dia de hoje, partindo de um ponto qualquer da cidade e que deverá contar com a participação das posições sindicais de São Paulo. Perto de 4 mil universitários participaram da Assembléia que decidiu denunciar, à população desta cidade, as atrocidades praticadas pelo governo federal e pela PM da Guanabara.
Professores vão ao MEC e jornalistas fazem pacto
Enquanto os professores universitários e secundários marcaram encontro para amanhã, no pátio do Ministério da Educação, quando pedirão ao ministro da Educação que inicie, de imediato, o diálogo com os estudantes, os jornalistas cariocas, ameaçados por oficiais da Polícia Militar, decidiram adotar posição conjunta nas coberturas de ruas. Os professores da Pontifícia Universidade Católica e da Universidade Federal do Rio de Janeiro realizarão reuniões hoje nos recintos de suas faculdades, quando discutirão a suspensão das aulas determinada sábado e acertarão detalhes da concentração de mestres que realizarão no Ministério da Educação.
Governo espera que hoje seja dia de calma na cidade
O governo federal espera que até as 18 horas de hoje seja restabelecida, completamente, a ordem pública na Guanabara, tendo atribuído poderes especiais ao ministro Tarso Dutra, da Educação, para fazer contatos com o governador Negrão de Lima e os líderes estudantis mais representativos, visando a encontrar o caminho da tranqüilidade no estado. O ministro Gama e Silva da Justiça, que retorna esta manhã de São Paulo, onde passou o domingo, deverá se reunir novamente com o general Syzeno Sarmento, comandante do I Exército, para discutir as providências que poderão ser adotadas pelas Forças Armadas no caso de persistir hoje a movimentação de estudantes na rua.
Brasil perde outra vez
Bratislava (Especial para a TRIBUNA) - Duas bobeiras da defesa e dois pênaltis indiscutíveis não marcados pelo árbitro, levaram a seleção brasileira a perder pela segunda vez na Europa, ontem, frente à seleção da Tchecoslováquia. A contagem final de 3 x 2 para os locais bem que poderia também ser a favor dos visitantes. Duas falhas foram decisivas para abalar a estrutura do time ainda não amadurecido.
Depois do primeiro gol, Félix e Tostão se atrapalharam, sai o empate, desarticulando o time em ascenção. Na fase final, faz o segundo gol e cinco minutos após o goleiro Félix falha lamentavelmente no segundo gol empate para os tchecos. Bem, aí o time acentuou suas deficiências, e veio o gol da vitória para os locais. Não há dúvida que os tchecos lutaram bravamente pela vitória.
Mas, o juiz errava sistematicamente contra o Brasil e dois pênaltis não foram marcados: um do goleiro Viktor sobre Jair, agarrando o seu tornozelo depois de driblado e outro em Tostão, que matou a bola no peito e levou uma sarrafada aí o juiz marcou jogo perigoso da defesa.
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