EUA dão adeus a Bob (Tribuna da Imprensa há 40 anos)
9 de junho de 1968
O senador Robert Kennedy será sepultado hoje, às cinco e meia da tarte, no Cemitério Nacional de Arlington, perto do seu irmão, John Kennedy. Os restos mortais de Bob partirão de Nova York às 16 horas, após as cerimônias litúrgicas na Catedral de São Patrício, cujo interior e imediações se concentram milhares de pessoas. A mãe de Robert, de 77 anos, rezou ontem junto ao esquife do filho: com os olhos fixos no rosto de Bob, parecia não percerber a enorme multidão.
Johnson assistirá às exéquias à frente de todo o corpo de altos funcionários do governo. Da "Union Station" local do desembarque, a uma funerária será levada em cortejo de automóveis pelas ruas de Washington, passando diante do Capitólio e, depois, diante do Ministério da Justiça, para recordar a atuação de Bob como senador por Nova York e a anterior, como ministro do governo de John Kennedy. Antes de chegar ao Cemitério de Arlington, o cortejo de automóveis passará perto da "Cidade da Ressurreição", o povoado habitado por cerca de 2 mil membros da Marcha dos Pobres.
Polícia interroga a loura suspeita
A polícia de Los Ângeles está submetendo a severos interrogatórios a loura que foi vista momentos após o crime correndo e gritando: "Nós o matamos". Cathy Fulner disse que era inocente e tentou explicar os seus gritos de "Nós o apanhamos". O criminoso, Sirhan, permanece preso numa cela de menos de 3 metros, em total incomunicabilidade. O coronel Rolim aponta na sua terceira reportagem mais uma série de falhas no Relatório da Comissão Warren que investigou a morte do presidente John Kennedy.
Costa e Silva ordena segurança rigorosa contra estudantes
O presidente Costa e Silva determinou aos órgãos de Segurança do governo que reprimam com o "rigor necessário", as manifestações estudantis programadas para o próximo dia 1º quando os universitários cariocas pretendem ocupar as pistas de entrada do Ministério da Educação. As ordens presidenciais foram dadas a partir do momento em que o marechal Costa e Silva, quando perguntado o que faria se de repente tivesse que enfrentar uma crise estudantil como a que ocorre na França, respondeu: "Nem ele era o general De Gaulle, nem o Brasil é a França".
Brasil x Uruguai
SÃO PAULO (Sucursal) - Brasil e Uruguai jogam amanhã a primeira partida da Taça Rio Branco, versão, 68. Não se pode adiantar nada sobre as equipes, a não ser a já tradicional luta quando as duas seleções se encontram. A brasileira não está com a sua força máxima, acreditando-se também que o mesmo ocorra do lado dos orientais. Mas a rivalidade sempre presentes faz prever um espetáculo atraente e por certo o Pacaembu ficará lotado.
Jogo de seleção tem um sabor diferente. Nos três jogos realizados no ano passado, também pela Taça Rio Branco, uruguaios e brasileiros empataram nas três vezes. Diga-se que foi no Uruguai e eles com a força máxima, para dar o valor ao time brasileiro nem de longe o melhor da ocasião Aimoré era também o técnico e mesclou muitos novos com poucos veteranos.
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