quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Morreu Kennedy (Tribuna da Imprensa há 40 anos)

6 de junho de 1968


LOS ÂNGELES - O senador Robert Francis Kennedy morreu hoje, precisamente às 5:44, hora de Brasília. Ao divulgar a notícia, o Hospital do Bom Samaritano, de Los Ângeles, não forneceu maiores detalhes. A morte de Bob Kennedy estava sendo esperada para qualquer momento, já que sua resistência à operação logo se esgotou, devido à enorme perda de sangue no cérebro.

O falecimento do senador chegara a ser anunciado antecipadamente por uma emissora de rádio americana, com base numa súbita informação do secretário de Imprensa de Bob, Frank Mankiewicz, que alertara, aos jornalistas de plantão no Hospital Bom Samaratiano, para o boletim médico que seria anunciado esta madrugada.

Como o próprio Mankiewicz dissera que somente depois das 6 da manhã é que se divulgariam novos boletins médicos, a antecipação foi objeto de especulação, expectativa e pessimismo em todos os Estados Unidos. O estado de saúde de Bob piorara sensivelmente 8 horas após a operação no cérebro. Sua melhora, que chegara a animar os médicos, durou pouco tempo, agravando-se seu estado a partir daí. Veio a agonia e, por fim, a morte exatamente às 5:44, horas de Brasília.

O governo americano adotou sérias medidas de segurança em todo o país, a fim de prevenir possíveis distúrbios. O Hospital do Bom Samaritano está cercado por agentes do FBI, que têm ordens de revistar todas as pessoas que entrem. A consternação é geral em todos os Estados Unidos. O presidente Jonhson, ao saber da notícia, decretou luto oficial por 1 dia.

Estréa hoje o Burguês Fidalgo

Na época em que o teatro francês era feito na base da chanchada, Molière lançou mão do horizonte psicológico dando aos seus personagens uma vivência real e atuante na sociedade de seu tempo. Seus temas eram bastante populares e a comunicação com a massa dos espectadores provincianos que o assistiam era feita através de uma dialogação bastante simples quando eram usados termos do povo.

Na tradução de Stanislaw Ponte Preta, todos esses recursos para alcançar o público foram seguidos à risca e, em português, a nossa gíria carioca entra em grande escala para dar a nota satírica conseguida no original.

"O Burguês Fidalgo", título da tradução que estréia hoje no Teatro de France, é encenada em apenas um ato que condena os 5 originais e isto tudo é feito sem que a peça perca seu valor artístico. Ademar Guerra, o diretor, consegue com felicidade adaptar para 1:40 hora os números de "ballet" e música integrando-os no texto e ação desempenhados por 30 personagens dos quais 14 são atores dos mais conhecidos em nossos palcos. A peça se desenrola toda num espaço único, onde os cenários são apenas sugeridos através de arcadas que descem e sobem, criando ambientes diversos.

Estão no elenco, além de Paulo Autran, que tem o papel principal, Antônio Ganzarolli, Carlos Miranda, Gracindo Júnior, Isabel Ribeiro, Isolda Cresta, João Vieitas, Jorge Chaia, Lenine Tavares, Luís Carlos Laborda, Maria Regina, Oscar Felipe e Paulo Augusto.

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