Grupo quer um Estado militarista
03 à 04 de maio de 1968
Um grupo de militares, com a participação do general Meira Mattos, iniciou conversações com elementos de uma organização de uma aliança entre os poderes econômico e militar, a pretexto de buscar soluções para os problemas básico da nação brasileira. A iniciativa é considerada como manobra para a criação de um Estado militarista, sustentado pelo complexo industrial-militar.
Os entendimentos se baseiam num documento, intitulado "Notas Sobre a Conjuntura Político-Brasileira", que salienta que o poder econômico está "motivado para o contato com o poder militar, que sabe ser o fiador de uma estabilidade que não deseja ver alterada".
Abreu Sodré culpa minoria radical por pedradas
SÃO PAULO (Sucursal) - O Sr. Abreu Sodré responsabilizou um pequeno grupo "totalitário" pelos incidentes de 1º de maio na Praça da Sé, e disse que sua firme atuação impediu um verdadeiro massacre de inocentes, pois a polícia já se preparava para usar a força contra os populares ao ser ele atingido por paus e pedras. "Logo depois da agressão - disse Sodré - os dispositivos militar e civil quiseram movimentar-se. Nesta hora tive a frieza de impedir, com todo rigor, que os policiais entrassem em ação. Naquele momento, militares e vítimas inocentes poderiam cair na Praça da Sé". E acrescentou: "Então, preferi ser o atingido a não permitir que muitos inocentes trabalhadores de São Paulo o fossem".
Fla e Flu abrem o returno para balançar o coração
Foram aprovadas pelo Conseho Arbitral da Federação Carioca de Futebol as três primeiras rodadas para o returno do Campeonato de 68, com todos os jogos sendo disputados no Maracanã. O Torneio Almir Salime, que será disputado pelos clubes eliminados, ficará de fora do Estádio Mário Filho. Entretanto, na reunião de ontem, à noitinha, o Olaria fez uma exigência como contrapartida de tirar o "Almir Salime" do Maracanã: o Campeonato de 1968 será disputado com doze clubes no turno e returno. Os clubes concordaram e, então, partiu-se para discutir a tabela do returno.
Cruzeiro ganhou elogio argentino pelo conjunto
"Magnífico espírito coletivo", assim se expressou o grande capitão Ratin da seleção argentina, referindo-se ao trabalho de conjunto do Cruzeiro, que no dia 1º de maio derrotou o quadro do Boca Junior por 3 x 2. Os elogios de Ratin confirmavam a quase unanimidade de opinião dos argentinos sobre os mineiros, ao transitarem ontem pela manhã pelo Galeão, no regresso da delegação a Buenos Aires. Todos mostravam-se satisfeitos com o amistoso, embora lamentassem levar uma derrota na bagagem. Ratin reconheceu a superioridade do Cruzeiro, que jogou com mais acerto, mas fez questão de destacar dois nomes entre os mineiros - Tostão e Zé Carlos - pela precisão dos passes e confiança nos chutes.
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