Franco ameaça levar Europa ao caos total (TRIBUNA DA IMPRENSA - 21 de novembro de 1968)
A crise do franco francês repercutiu em todo o Mundo Ocidental e ameaça abalar particularmente o mercado financeiro da Europa. Os dez países mais fortes do Fundo Monetário Internacional estão reunidos para estudar as medidas de emergência a fim de salvar o mercado europeu do caos. A crise, que se iniciou em Paris, já provocou o fechamento das principais praças financeiras do mundo, com o ouro posto à venda a 40,75 dólares por onça. No Brasil, a crise não terá repercussão, segundo o ministro Delfim Neto.
Aumento reúne reserva hoje no CM
Os oficiais da reserva, que já se pronunciaram contra a "discriminação odiosa contra esta parcela de militares", voltarão a se reunir hoje, às 16 horas, no Clube Militar, para continuarem debatendo sobre o problema criado pelo presidente Costa e Silva ao enviar para o Congresso o pedido de aumento de vencimentos dos funcionários civis e militares.
O general Gerson de Pinna, que vem lutando juntamente com os demais colegas para a derrubada do artigo 4º e seu parágrafo único, que concede vantagens superiores aos militares da ativa enquanto retira esse mesmo direito aos da reserva, está convidando a todos os oficiais da reserva a comparecerem no Clube Militar para a reunião de hoje às 16 horas.
Átomo e paz na AL
Na conferência que pronunciou, ontem, perante o plenário da Assembléia Legislativa da Guanabara, sob o tema "Utilização da Energia Nuclear para fins Pacíficos", o ministro das Relações Exteriores, sr. Magalhães Pinto, afirmou que "conforme sua vocação pacífica, o Brasil não hesita em dar o melhor de sua contribuição aos esforços regionais e mundiais de não proliferação de armas nucleares".
O ministro Magalhães Pinto disse ainda que muitos tentaram invalidar a política nuclear do governo Costa e Silva, inclusive alegando ser irrealista a sua posição, "que exauriria a diplomacia brasileira na defesa de direitos que o Brasil não poderia nunca pretender exercer".
Comissão pode adiar parecer sobre Márcio
BRASÍLIA (Sucursal) - A maioria dos integrantes da Comissão de Justiça da Câmara negou-se a apreciar hoje, em termos definitivos, o pedido de licença para processar o deputado Márcio Moreira Alves, apesar do relator da matéria, deputado Lauro Leitão, ter concluído, à noite passada, o relatório que apresentará durante a reunião plena marcada para esta tarde, a partir das 13 horas.
Os deputados entendem que o processo somente vai ser decidido pela Câmara Federal durante a convocação extraordinária do Congresso, entre 20 de janeiro a 21 de fevereiro de 1969, aprovada ontem, não havendo razão para que um órgão técnico, como é a Comissão de Justiça, antecipe sua opinião dois meses antes da decisão final, ficando, em conseqüência, sujeita às críticas de quem se sentir prejudicado com o julgamento, de natureza política.
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